Com uma história muito antiga e vasta, Melres começa a ganhar a sua maior importância desde a altura dos romanos que aqui escavaram as suas terras e aqui fundaram uma grande villa agrária. Estas terras passariam posteriormente para a posse da coroa no século XIII sendo também deste período o primeiro foral dado por Afonso III. Entra na posse dos senhores de Cantanhede no final do seculo XIV e já no seculo XVI tem direito a um segundo foral atribuído por D. Manuel em 1514.
Vários nobres detêm vários casais e quintas em Melres. Uma destas quintas, a Quinta da Bandeirinha possui uma história própria enquanto imóvel. Edificado nos inícios do século XVII, foi até ao primeiro quartel do século XX pertença da família Portocarreiro. A construção foi iniciada a mando de Manuel da Cunha Coutinho de Portocarreiro (1550-1625) e concluída sob a alçada do seu filho, Manuel da Cunha Ozorio de Portocarreiro (1607-1691). Possui 3 brasões distintos, o mais antigo na parte lateral virada para Igreja Matriz, um outro na frontaria e ainda um no seu interior.
O seu nome, Bandeirinha, tem que ser explicado à luz de outro imóvel também posse dos Portocarreiro. O Palácio das Sereias, bem no centro da cidade do Porto, tinha como tradição o hastear de uma bandeira que atestava as condições sanitárias das embarcações que entravam na cidade. A chamada bandeira da saúde, que vista das embarcações parecia mais pequena, começou a ser vulgarmente conhecida com bandeirinha. Esta designação percorreu 19,63 km em linha recta, dando nome à Quinta da Bandeirinha em Melres, Gondomar.
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