Situado no concelho de Gondomar, mais concretamente em S. Cosme, o Monte Crasto constitui uma fortaleza natural com 194m de altitude merecendo o nome de origem latina cujo significado remontaria para um castelo ou praça fortificada. Se aqui existiu ou não alguma fortificação ainda não foram encontrados provas concretas, no entanto foram achados vestígios romanos de onde se ressaltam as moedas.
O próprio nome de Gondomar será de origem germânica sendo que a partir do século X vários são os registos que referem o monte, o castro e Gondomar.
A própria população após o período da reconquista cristã aproveitando a paz vivida terá descido o monte para se estabelecerem mais próximo dos seus locais de trabalho. A proximidade com o Porto e a ligação ao rio Douro influenciará na atribuição do Foral de D. Manuel em 1515.
No entanto, a documentação escrita concreta ao Monte Crasto apenas aparece no século XVIII, num auto de doação do "Património da capela de Santo Isidoro do Monte Crasto", feito por Salvador Francisco, jornaleiro e sua mulher Maria da Silva, os quais, entre os bens que possuíam, fizeram a doação da tapada e do monte e da referida capela à Confraria de Santo Isidoro. No terreiro do monte a rodear a capela há cruzeiros laterais datados de 1757 e um central de 1759.
A posição privilegiada deste miradouro natural permite alcançar vistas deslumbrantes sobre o rio Douro e outras terras desde Gaia, Porto, Matosinhos, Maia ou mesmo as serras de Santa Justa, Pias ou Flores. Mais próximo de nós espaços com histórias como a Igreja de S. Cosme, a Quinta de Bouça Cova, a Aldeia de S. Miguel e os Paços do Concelho.
Filipe Correia
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